quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quem é vivo sempre aparece.

E cá estou eu, de novo. Devo dizer que desapareci por totalmente falta de tempo. Como há alguns meses, minha vida está sendo atacada por turbilhões de coisas... vou recapitular, um por um, para que todos possam se situar novamente na minha vida. Tumultuada. E que sim... daria um livro.

Aborto, emprego, risco, gravidez, Andrey, aborto...
Pois é... as minhas últimas notícias falavam sobre o meu aborto. Fase difícil aquela, viu? Depois disso... segui minha vida. Chacoalhei o corpo, levantei a poeira e fui procurar emprego. Como a crise pegou em cheio a economia japonesa... essa tarefa foi um tanto difícil. Não há vagas. E quando têm, não entro nos padrões exigidos. Mas entre tantos telefonemas, consegui um. Há uns 40 minutos de trem daqui e mais 40 a pé. Aceitei. Salário bom, serviço razoavelmente fácil.
O único problema é que eles não tinham avisado que o serviço não era exatamente naquela cidade e que eu teria que me mudar. Sim e pra bem longe da minha casa.
Não, não dava. Pô, como lidar com a distância com o Douglas
? Apesar de precisar juntar dinheiro porque queríamos ir embora, não dava. E rejeitei a proposta.

Estava novamente desempregada. Mas já na mesma semana encontrei outra vaga e comecei a trabalhar. Assim como toda empresa, tive que fazer exames rotineiros na admissão. Só que pra nossa surpresa veio um aviso do hospital pedindo para que retornasse para refazer os exames e que provavelmente eu estaria... grávida.

Ahn, como assim?

Pois é. Depois do susto, logo pensei... Foi Deus que me deu outra benção... Ele viu que fiquei tão triste... mas pasmem novamente. Não, não era uma outra benção, era a MESMA benção. O médico e sua equipe ERRARAM e não fizeram o aborto. A sindicância está aberta e o caso está sendo investigado, mas a suspeita é que apenas deram remédios para parar a hemorragia e não fizeram curetagem, nem nada.

Como eu havia sido sedada e cheguei ainda dormindo em casa, não posso falar nada. O meu amigo que me acompanhou durante toda a estadia no hospital só conseguiu entrar em contato comigo quando estava qse para sair. Ou seja, estavámos todos de mãos atadas para entender o que realmente aconteceu.

Pois é. Grávida!!! Meu bebê resistiu a tudo... e lutou bravamente. A gravidez era de risco, mas naquele instante se tornara muito mais.

Tive que parar de trabalhar... repouso absoluto. Apesar de interromper todos os planos, eu e o Douglas estávamos felizes e muito orgulhosos do nosso guerreiro!!! Quando soubemos o sexo, ele escolheu o nome: Andrey Kendi Akagi.

Tudo estava tão bem. Mas a cada exame realizado, mais preocupação surgia. O coraçãozinho do Andrey estava muito fraco. Eu rezava, pedia a Deus que fortalecesse o coração dele para aguentar firme...

Vou resumir a história porque ainda é penoso pra mim.

Mas no último dia 19... o nosso Andrey não aguentou. O coração dele estava fraco, ele não tinha mais forças para se nutrir... e virou um anjinho que está a cuidar de todos nós. Tô sofrendo, tá difícil demais.

Eu já tinha ouvido o coração... visto e sentido ele se mexer... mesmo sem ter visto ainda, ele já era meu filho amado... e dói lembrar que daqui alguns meses ele não estará aqui. E que não, eu não serei mãe.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Enfim, que vc tenha tudo em dobro!

Que coisa feia! Abandonei meu fiel companheiro que me amparou em todos os momentos ruins que eu tive ultimamente na minha vida!! Já nem sei mais escrever direito nele, perdi a linha de raciocínio!

Bem... a vida tem voltado ao normal aos poucos. Estou vivendo dia após dia, sem planejar muito além de vinte quatro horas a mais. Eu até quero planejar o futuro, mas depois de tudo que aconteceu, eu não consigo. Tenho medo. Expectativas acabam dando adrenalina e esperança para o nosso coração, mas quando vc se vê incapacitado de concluir todas, a decepção é tão grande. Eu sei disso.

Nesse sumiço derrubei tantas lágrimas. Brigas, desentendimentos, pessoas totalmente má intencionadas entram e saem da minha vida. Pessoas que nem sei se posso chamá-las assim porque meu conceito de pessoa é alguém que tem sentimento, um ser humano. E não um bicho que age por instinto, por maldade. Maldade que aliás eu jamais conheci e nem queria ter a oportunidade de ter conhecido.

Vcs não devem estar entendendo nada. Mas vou explicar.

De um dia para o outro eu me vi longe da pessoa que eu mais amo nessa vida e que me mais me acompanhou e me ajudou. Um ex relacionamento aparece pra dizer que eles têm um filho juntos. Depois de um ano de sumiço. Pra quê?

O filho existe? Por que não nos mostra? Por que não nos fala a idade da criança? Por que o tal advogado não aparece? Por que não faz logo o exame?

...

Sete anos se passaram, quase oito. E ela não se esqueceu do amor que hoje eu provo. Sim, todo esse tempo parada em um amor que jamais foi tão forte como ela imagina até hoje. E nessa loucura e procura incessante de um retorno, ela nos envolve. Me irrita, me encomoda sim. Não vou negar. Ela consegue dizer coisas que machucam a alma, lá dentro.

...

Essa mais recente, mas talvez a mais "venenosa". Invejosa. Só podia ser das piores. Faz intrigas, inventa mentiras, traia o namorado e procurava o meu. Graças a Deus que ele já sabia muito bem como ela era, mas tudo só fez com que ele tivesse a certeza de que o melhor seria se afastar. Não só dela e sim de todas as laranjas podres que cercam essa. Me criticou, falou da minha doença, do meu caráter.

Antes da minha vida eu nunca permiti que falassem da minha vida, da minha pessoa. Nunca dei abertura pra ninguém fazer isso. Nem amigo, nem família, nem ninguém. Depois que fiquei doente, esse meu lado ficou muito mais acentuado. Não sei se foi uma maneira de me proteger dos comentários maldosos e cortantes. Não sei.

Falar que serei para sempre uma mulher "seca" que jamais vou conseguir dar a felicidade ao homem que eu amo? Ter a audácia de dizer que o homem que vive ao meu lado está apenas comigo por dó?

Eu não sei o futuro, não tenho nenhum dom para fazer previsões e nem quero. Mas uma coisa eu sei. O que sou capaz e quando eu quero, eu batalho até o fim. Cheguei ao fim de um tratamento tão penoso, não cheguei? Minha vida nunca foi fácil e não está sendo em nenhum momento que resolvi morar longe do meu país.

Pois é, então a felicidade que talvez ela tenha dito eu já sei muito bem como encontrar e como proporcionar. Não só para a pessoa que eu amo e sim para todos que me cercam e que me querem bem. Realmente bem.

A receita? Vou ser eu. A Dani que teve câncer, que é brigada com a família, que mora no Japão, que perdeu um bebê e que é imensamente agradecida a Deus por TUDO que tem proporcionado em sua vida. Cada momento ruim e cada momento bom. Porque os ruins são os que nos fazem aprender e a crescer. E os bons apenas nos fazem ver o quanto tudo vale a pena.

Então, a receita é essa. Talvez essas pessoas nunca consigam seguir essa receita tão simples, mas isso é porque se preocupam demais em acabar com o que os outros têm e se esquecem de suas próprias vidas.

Não há escola melhor do que a própria vida, portanto eu desejo que vcs tenham tudo em dobro. Tudo o que vcs me desejam ou desejaram, que venha em dobro pra vcs.


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Nada foi fácil. Não seria agora

Olá meus amores... Abandonei o blog, né? Mas juro que não foi tão por minha vontade. Foi por falta de oportunidade mesmo. Essa última semana tem sido um caos na minha vida. Tô me recuperando do baque.

Pois é, Deus quis assim. Deus levou o meu bebê para ficar mais perto dele. Sem nem menos deixar eu e o papai conhecer. Ouvi o coraçãozinho, vi o começo da sua formação. Mas foi isso. Só isso. Porém o suficiente para eu amar o meu filhote pra todo sempre. Sentir falta de conversar com ele, de imaginar e de sentir.

Gente, eu estava muito feliz. Sim, preocupada. Afinal uma vidinha dentro de mim e a incerteza do futuro. Eu queria, mas ainda não estamos financeiramente estáveis. E eu queria ter filhos em uma fase assim.

Sem dizer que meu tratamento acabou agora... aliás terminou um pouco adiantado por causa do bebê. Seria difícil, seria arriscado, mas eu sei que iria valer a pena. Mas não deu. Meu filhote não resistiu.

Deus me dê forças. É tudo que eu peço. Porque eu quero ser feliz, eu quero ser mãe, eu quero continuar sendo esposa. Eu quero, eu preciso.

Paz, por favor.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Após a tempestade, o arco-íris.

Meus "coisos" lindos. Abandonado isso aqui, não? Sempre lembro do blog, sempre tenho vontade de escrever, mas nem sempre tenho o que falar. Até tenho, só não sei se são coisas úteis e boas para os outros perderem o tempo de ler!

Cá estou. Com uma novidade que vai arrepiar o cabelo de muita gente. Já arrepiou o meu (ironic mode on) e do meu Amoreco!

Sabe essa imagem aí do lado?? Pois é. É a primeira foto do meu bebê, do nosso bebê. Veio em uma hora totalmente inapropriada já que meu tratamento estava em reta final. Não vou mais fazer radioterapia, a quimioterapia foi totalmente alterada. Graças a Deus que "meu" câncer já havia sido curado. E espero que a gravidez não "atrapalhe" minha recuperação, pois eu jamais me perdoaria de não ser uma ótima mãe.
Passado o susto, estou muito feliz. Sempre foi meu sonho ser mãe. E desde que estou junto com o Douglas tenho pensando muito em casar, ter filhos, enfim, construir uma família!

Quando foi diagnosticado o câncer, o médico deixou claro que talvez eu tivesse que operar e retirar meu útero. Ou seja, não teria mais filhos de jeito nenhum. O meu Amor já foi me tranquilizando e falando que não teria problemas porque adotaríamos um. Mas aquela sensação de não poder gerar um filho dentro do meu ventre é estranha. E digo, ruim demais.

Estou com mais ou menos quatro semanas. E além de um turbilhão de sensações e preocupações também, o momento mais "marcante" foi quando o meu Amor me perguntou se já dava pra ouvir o coração do nosso "girino". Claro, respondi que não, apenas com ultrassom, mas ele garantia que dava e pôs o ouvido na minha barriga. Disse que queria que eu ficasse com um barrigão pra ele ficar passando a mão...

Contive minhas lágrimas porque a felicidade tomou conta de mim e a vida me fez enxergar, novamente, o quanto tudo vale a pena. Muito obrigada, meu Deus!


terça-feira, 28 de abril de 2009

Sra Ministra

Deu em todos os jornais: a ministra Dilma Rousseff está em tratamento contra um tipo de câncer, o linfoma. Eu e meu amor assistimos, ao vivo, a entrevista concedida por ela e pelos médicos. Toda a imprensa estava por lá e transmissão de telejornal foi interrompida para a declaração.

Tudo aquilo me fez lembrar de como é difícil ter câncer. Aquelas perguntas dos jornalistas, todas amontoadas, afobadas, todas de uma vez. O tumulto. Toda aquela "cena" é o que passa dentro da gente. Sim, quando o médico confirma a doença o tumulto se faz presente. Passa um filme, vem o medo, a insegurança e as dúvidas teimam em nos perseguir. Dúvida de tudo: vai doer, quanto tempo, vou ter sequelas e a pior, vou me curar.

O que me deixou mais triste é ver a declaração da ministra. Em vários momentos ela ressaltou o tratamento do hospital que ela está se tratando. Um hospital famoso e sim, muito caro. Digno apenas para quem tem um pouco mais de dinheiro ou é famoso, ou é político.

Queria mesmo que todos os brasileiros que esta mesma ministra representa pudessem ter o mesmo tratamento. Talvez assim menos morressem. Sofrer é inevitável, pois mesmo que sejamos fortes em algum momento a confiança cede e damos espaço pro sofrimento.

Eu tive a sorte de estar em um país de primeiro mundo. Não que aqui a medicina seja muito avançada, pelo contrário, as vezes penso que aqui tudo é arcaico. Mas não posso reclamar do meu tratamento e da oportunidade que tive pra me curar.

Só queria que com essa experiência que a Ministra há de superar fizesse ela refletir sobre as condições reais da saúde do nosso país.



quinta-feira, 23 de abril de 2009

Surpresa boa

Só notícias boas. A primeira: minha quimio está acabando. Faltam apenas 4 sessões. E sim, comecinho do mês que vem tudo deve acabar. Aquele pesadelo que começou no início deste ano já está no fim. Do mesmo jeito que quando tive o diagnóstico eu não acreditei, eu também não estou acreditando que tá acabando! Deus queira que eu esteja recuperada. Deus queira.

Outra notícia. Talvez eu vá embora! Se tudo der certo, se a proposta der certo, eu e meu amor estamos de passagem marcada. Estamos indo embora pro nosso país, perto dos nossos familiares. Vamos construir nossa casa, ter nossa vida. Haja felicidade!!!!!

E... uma surpresa mto legal! Quando eu criei este blog eu não pensei na repercussão dele. Não pensei que muitas pessoas pudessem acompanhá-lo. E a cada diz eu me surpreendo pelos recados deixados. São pessoas que estão vivendo o mesmo momento que eu, são pessoas que conhecem histórias parecidas com a minha, amigos. Queria agradecer a todos que acompanham meu blog e que eu possa ajuda-los, de alguma forma. Fico muito feliz. De verdade. E quem está nessa batalha só peço força. Muita força.


NEOQEAV

Meus avós já estavam casados há mais de cinqüenta anos, e continuavam jogando um jogo que haviam iniciado quando começaram a namorar.

A regra do jogo era que, um tinha que escrever a palavra "Neoqeav" em um lugar inesperado, para o outro encontrar, e assim que a encontrasse, deveria escrevê-la em outro lugar, e assim sucessivamente.

Eles se revezavam deixando "Neoqeav" escrita por toda a casa, e assim que um
a encontrava, era sua vez de escondê-la em outro local, para o outro achar.

Eles escreviam "Neoqeav" com os dedos no açúcar, dentro do açucareiro,ou no pote de farinha, para que o próximo que fosse cozinhar achasse.

Escreviam na janela embaçada pelo sereno, que dava para o pátio onde minha avó nos dava pudim, que ela fazia com tanto carinho.

"Neoqeav" era escrita no vapor deixado no espelho, depois de um banho quente, onde a palavra iria reaparecer depois do próximo banho.

Uma vez, minha avó até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico para deixar "Neoqeav" na última folha, e enrolou tudo de novo. Não havia limites para onde "Neoqeav" pudesse surgir.

Pedacinhos de papel com "Neoqeav" rabiscado apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam.

Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos e deixados debaixo dos travesseiros.

"Neoqeav" era escrita com os dedos na poeira sobre as prateleiras, e nas cinzas da lareira.

Esta misteriosa palavra tanto fazia parte da casa de meus avós, quanto da mobília.

Levou bastante tempo para eu passar a entender completamente e gostar deste jogo que eles jogavam.

Meu ceticismo nunca me deixou acreditar em um único e verdadeiro amor, que possa ser realmente puro e duradouro.

Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós.

Este amor era profundo!

Era mais do que um jogo de diversão, era um modo de vida!

Seu relacionamento era baseado em devoção e uma afeição apaixonada, igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar.

O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam.

Roubavam beijos um do outro, sempre que se batiam um contra outro, naquela cozinha tão pequena.

Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro, e todo dia resolviam juntos, as palavras cruzadas do jornal.

Minha avó cochichava para mim, dizendo o quanto meu avô era bonito, como ele havia se tornado um velho bonito e charmoso, e ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos.

Antes de cada refeição eles se reverenciavam, e davam graças a Deus, e bençãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa, para continuarmos sempre unidos e com boa sorte.

Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós: minha avó tinha câncer de mama.

A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes.

Como sempre, vovô estava com ela a cada momento.

Ele a confortava no quarto amarelo deles, que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse sempre rodeada da luz do sol, mesmo quando ela não tivesse forças para sair.

O câncer agora estava, de novo, atacando seu corpo.

Com a ajuda de uma bengala e a mão firme do meu avô, eles iam à igreja toda manhã.
E minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que, finalmente, ela não mais podia sair de casa.

Por algum tempo, meu avô resolveu ir à igreja sozinho, rezando a Deus para zelar por sua esposa.

E então, o que todos nós temíamos aconteceu: vovó partiu...

"Neoqeav" foi gravada em amarelo, nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores, do funeral da vovó.

Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios, primos e outras pessoas da família se juntaram e ficaram ao redor da vovó pela última vez.

Vovô ficou bem junto do caixão da vovó e, num suspiro bem profundo, começou a cantar para ela.

Através de suas lágrimas e pesar, a música surgiu como uma canção de ninar que vinha bem de dentro de seu ser.

Sentindo-me muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento.

Porque eu sabia que mesmo sem ainda poder entender completamente a profundeza daquele amor, eu tinha tido o privilégio de testemunhar a beleza sem igual que aquilo
representava...

Aposto que a esta altura você deve estar se perguntando:

"Mas o que Neoqeav significa?"

Essa linda palavra quer dizer:

"NEOQEAV" = NUNCA ESQUEÇA O QUANTO EU AMO VOCÊ!!!

sábado, 18 de abril de 2009

Não percam


Em junho vai estrear (provavelmente) o filme My sister´s keeper nos EUA. Não sei ainda qdo vai estar nos cinemas do Brasil, mas esse será o novo filme da Cameron Diaz. Tá, o que tem esse filme? A história é baseada no livro homônimo, de Jodi Picault. Na história, Sara (Diaz) e o marido têm uma filha, Anna (Abigail Breslin, de “Pequena Miss Sunshine’’), com o objetivo de salvar a vida da mais velha, Kate (Sofia Vassilieva). Desde que nasceu, Anna doa sangue e medula para prolongar a vida da irmã –com quem tem laços de amizade profundos. Kate tem leucemia e para apoiar a filha, a personagem de Cameron raspa o cabelo...

Pois é, acho que esse filme tem tudo a ver com esse blog!!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Tá lá!

Não sou eu quem está falando isso, tá lá no site (www.oncoguia.com.br). Tudo bem que eu sou a parte que fala que o paciente se irrita...

Cuidado com o que você vai falar

Algumas pessoas, justamente pela dificuldade em lidar com o câncer acabam ficando sem saber o que falar diante de alguém com câncer e por conta disso, falam frases do tipo:

Nossa, você esta muito bem!
Você esta melhor do que eu imaginava...
Você nem parece que tem câncer...
O seu cabelo já esta crescendo?
Mas, você está de peruca? Nem parece.

Os pacientes costumam se incomodar muito com estas frases.




quarta-feira, 15 de abril de 2009

The day after

Depois do surto que eu tive ontem, depois de milhares de lágrimas e revoltas, estou aqui de novo. Sei lá, acho que de vez em quando preciso me exaltar, preciso gritar. Esvaziar tudo que tem aqui dentro de mim. Preciso de um vazio sempre. Um vazio que se faz necessário para que eu prossiga minha vida. Esse "vácuo" aqui dentro faz com que eu lute e procure preenchê-lo. E assim a vida vai.
Sempre à procura de algo que complete.

Mas não, não sou uma pessoa "vazia". Antes que qualquer ser leia e interprete mal. Tenho dois "espaços". O lado esquerdo já está preenchido e não tem mais jeito. Sempre tem espaço pra mais alguém, mas nunca está vazio. Nunca. O lado que eu faço esvaziar é o direito, o que não guarda o coração. O meu lado "racional", o revoltado, o materialista, o que precisa ser sempre renovado para não viver na rotina e deixar a minha vida preto e branco.

Agora estou bem. Tirei tudo que me fazia mal. Tudo mesmo.

Mudando de assunto.

A cada dia que passa eu tenho mais "nojo" do jornalismo. E nem venha me criticar, não. Sou jornalista diplomadíssima, sempre fui muito amante desse mundo, mas a muito custo eu tento cultivar esse amor. Além de "santos" que aparecem todos os dias, a imparcialidade e a falta de profissionalismo reinam cada vez mais. Não me assusta mais, me enoja, apenas.

Procurem saber de casos de Claudia Leitte (www.blogdaclaudinha.com.br) e do também jornalista, Marcelo Tas. E entendam pq tenho tanto repúdio com a classe que infelizmente pertenço.


terça-feira, 14 de abril de 2009

E se eu disser que não quero mais viver?


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Não.

Hoje me fizeram uma pergunta que eu nunca imaginei ouvir e muito menos havia pensado nela. A resposta veio de imediato, mas depois fiquei refletindo em cima dela...

"A quimio só prolonga o sofrimento. Não é?".

A minha resposta foi um NÃO tão bem dito. E se eu pudesse falar pessoalmente, eu não teria falado e sim, gritado. O que faz uma pessoa pensar que a quimioterapia apenas prolonga a dor, o sofrimento? Meu caro, o nosso tratamento visa a cura. Portanto não prolonga nada! Sim, sofremos desde o primeiro dia da descoberta do tumor até os últimos dias de recuperação (quem tem que se submeter a cirurgia) e do tratamento.

Temos quedas de cabelo, oscilações de humor, dor de estômago, enjoos, vômitos, cansaço, dor de barriga (essa tem surgido muito nas últimas aplicações), entre outras tantas reações. Sem dizer que nossa auto-estima fica lá embaixo, podemos chegar até à depressão sim! Mas só de pensar que passamos por tudo isso para nos curar, sabemos que vale a pena. Cada segundo, cada sofrimento vale a sensação de que vc se livrou do mal.

Talvez a pessoa que me fez a pergunta nunca sinta isso *e Deus queira que não... o poder da vitória. E quando eu digo vitória não é a mesma sensação de ter conseguido um emprego, aquela menina que sempre quis ou até mesmo do seu time de coração. Nada disso. É um sentimento maior e único! É o sentimento que estou começando a sentir, a aprender a conviver.

Sentimento de liberdade, vitória e alegria de viver. Exatamente isso, tudo misturado.

E mesmo que o tumor não tenha cura. Afinal, sabemos que alguns casos infelizmente já não há muito que a medicina possa fazer. MAS jamais um tratamento apenas prolonga a dor. Pode prolongar a vida da pessoa por um dia, meses ou até anos. E sim, vc pode certeza que serão os melhores momentos. Sabe por quê? Porque certamente essa pessoa está preparada para viver tudo e o mais importante, viver com intensidade.

Nós que passamos pelo câncer aprendemos a viver cada dia como se fosse o último. Aprendemos a nos cuidar e a cuidar de quem amamos. Podemos ficar um pouco ausente, mas aprendemos que o que mais importa é estar no coração e na alma das pessoas que amamos. Porque de lá, aconteça o que acontecer, jamais sairemos.

Aprendemos a dizer as coisas nas horas certas. Nem ontem, nem amanhã. Hoje.

Portanto, não importa qual seja o tratamento, ele jamais prolonga a dor. Ele apenas nos faz bem.


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Já basta estar doente

Agora tem que ter cara de doente também? Ontem eu realmente não entendi a posição de um conhecido meu. "Nossa, estava vendo tuas fotos e vc não parece abatida". Vc antes soube quantas horas eu fiquei na frente do espelho me maquiando? Vc sabe o quanto de corretivo eu pus? Pois é... realmente eu não estou parecendo doente. E quer saber o por quê? Porque quando a pessoa se dá por doente, se dá por derrotado e isso eu não sou. Definitivamente.

Não, nunca fui à nenhuma quimioterapia sem o meu lápis de olho. O tratamento já faz seu papel de me "derrubar" e eu não vou colaborar com nada disso. Sempre fui vaidosa e agora estou muito mais. Pode parecer absurdo, pode parecer frescura, mas só quem passa, sabe. Sabe o quanto é importante a gente se manter bem ou pelo menos tentar. Se olhar no espelho e se sentir bem. Mesmo careca, inchada, magra...

Nas fotos eu saí sim com um puta curativo, sai com cara de bunda em muitas fotos, mas pô... eu me decepcionei com esse pensamento! De verdade. Agora só pq eu falo que tô passando por tratamento, eu tenho que estar caindo aos pedaços? Que isso, acorda pra vida, pqp!

Desculpem o desabafo, mas é que eu realmente não gostei do comentário. Vai aí uma fotinho do parque cheio de Sakura... lindo, lindo, lindo!!!



Dia Internacional de Combate ao Câncer

Sim, vc sabe que dia é hoje? Não é nenhum feriado, mas todos deveriam ter ciência... dia 8 de Abril é Dia Internacional de Combate ao Câncer. O Brasil ainda, ou melhor, os brasileiros ainda não têm hábito de se precaver dessa doença que atinge a cada ano mais e mais pessoas.

Pra não dizer que estou falando sem base teórica nenhuma, eu fui procurar dados concretos. E a fonte é muito mais que confiável: INCA.

Pra ter noção, segundo pesquisa e levantamento do ano de 2008, aproximadamente 466.730 novos casos de câncer foram diagnosticados no nosso país! Sim, um absurdo!!! E isso porque novos métodos de tratamento já estão disponíveis e teoricamente o povo tem acesso às informações sobre prevenção, exames...

Eu só peço a Deus que esse dia passe a ser lembrado e reconhecido por todos. E sim, todos tenham consciência de que é preciso fazer os exames rotineiros.

Na Uol saiu uma matéria sobre alimentação pra evitar o câncer. Vale dar uma conferida!!
http://cienciaesaude.uol.com.br/album/090407anticancer_album.jhtm?abrefoto=1



terça-feira, 7 de abril de 2009

São tantas emoções...

Eu acho que tô um pouco emotiva. Será que é isso? Enfim, não sei. Enquanto meu corintiano favorito estava dormindo, resolvi passear pela internet enquanto ouvia o som da Globo. Como todo santo dia eu esperava ansiosamente o Globo Esporte. Além de gostar demais de futebol e ser São Paulina (quase) fanática, eu me sinto bem ao ver o alto-astral do apresentador e colega de trabalho, Thiago.

E o programa de hoje me sensibilizou mais. Sei lá. Além de ver o meu ídolo Rogério Ceni lançar seu livro, teve a matéria da visita dos jogadores do Corinthians ao AACD (não lembro se era essa entidade). Vi o menino Felipe falando tão empolgado e assim como o Thiago, me senti mto emocionada. Chorei.

E nesse meu passeio pela internet eu encontrei essa matéria da Revista Época que fala sobre câncer. Câncer infantil. Matéria que deveria ser lida por todos. Com ou sem câncer, mãe de criança doente ou 50tão.

A nova cara do câncer infantil - Cristiane Segatto


Tem certeza?

http://br.noticias.yahoo.com/s/06042009/48/entretenimento-sexo-da-errado.html

No meu caso falta de sexo causa dor de cabeca e depressao!!!!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Minha terapia

Essa semana estou menos "acabada" com a quimioterapia. Graças a Deus! Não que eu possa sair correndo, pulando e fazendo tudo que eu quero, mas nada de enjoos muito forte. Sono, sempre. Mas isso mesmo quando eu não estava doente. Esse fim de semana tivemos uma visita aqui mto legal. A Elô e o seu namorado Marcelo vieram pra cá. Almoçamos, tentamos jogar boliche e conversamos muito. Claro, dei mta risada. Isso faz bem...

O bom de tudo, além de ter pessoas queridas por perto, é não ter tempo de lembrar da tão temida segunda-feira. Dia de acionar o meu encanamento (sim, meu cateter) e meter droga dentro de mim.

Só que hoje eu não posso deixar de falar de uma outra terapia que eu tenho. No ano passado veio uma pá de standup comedian pro Japão. Infelizmente perdi os shows de Diogo Portugal e do Luis França, mas pra compensar eu não desgrudo mais dos vídeos do Improvável (~ http://www.improvavel.com.br)... Meu Deus, eles são maravilhosos... de verdade. Eu me racho de rir. Acho que quem se destaca mais ali é o Rafinha. Com seu humor mais negro, vamos dizer assim, ele consegue encantar a todos. E sim, surpreende com algumas observações e erros. Gostaria de assistir mais vídeos do Rafinha Bastos também, porém pelo que eu li em seu blog (~ http://www.rafinhabastos.com.br/blog/) não há mais vídeos novos dos seus shows por causa de filhos-da-puta que copiam descaradamente seu trabalho. É foda.

Ah, tem o CQC também, mas pra quem vive fora do país fica um pouco mais difícil de acompanhar o programa. Estou assistindo, aos poucos, algumas edições do CQC. É exatamente o que faltava no jornalismo com uma pitadinha de "sacanagem", no bom sentido.

E eu só posso agradecer aos "meninos" dos Improváveis, CQC e sim, em especial ao Rafinha por tornar meus dias de recuperação e de tratamento menos "torturáveis"...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Reação , cada um com a sua


É tão "engraçado" a reação das pessoas quando vc chega e fala: "É, tô com câncer sim". Acho que depois do susto que a gente leva começa uma outra fase que podemos pensar ser fácil por alguns momentos, mas é tão complexo quanto a nossa compreensão de estar doente. Contar para sua família e seus amigos que vc não tá bem, que a doença que te "pega" é o câncer, que vai passar por um tratamento penoso, que vc pode ficar careca, talvez tenha que operar e na pior das hipóteses vc pode morrer. Eu mesma não pensei que fosse tão ruim informar essas pessoas que me querem tão bem...

Lembro como se fosse ontem. Fui ao médico com um amigo e quando saí da consulta, me senti praticamente sem o chão. Eu sentia meu corpo todo anestesiado do nervosismo, do choque da notícia e a cabeça pesada com mil pensamentos. Não sabia o que falar, queria apenas me acalmar e acreditar que tudo ia dar certo sim. Afinal, câncer tem um nome pesado, mas pq tem muita crença nesse "mundo"...

Peguei meu celular pra ver a hora e já tinha dois ou três emails do Douglas. Ele estava trabalhando e estava tão nervoso qto eu pelo resultado dos exames. Na hora não quis escrever que estava doente e que a suspeita se confirmara. Mas não tive muita escolha e contei, ali mesmo, por email. Queria sentir um abraço bem forte dele e ouvir que tudo ia ficar bem, mas não deu. Mesmo apenas por palavras "Meu amor, tudo vai ficar bem", me senti protegida por ele. A gente não sabia o que o futuro nos guardava e senti uma apreensão por parte dele. Tantos planos foram adiados e a incerteza do amanhã. Nada conseguiu enfraquecer nosso amor, pelo contrário, apenas fortaleceu. Graças a Deus. E a cada dia esse homem que está ao meu lado se mostra mais presente na minha vida e na minha recuperação e sim, a cada dia, a cada momento ele tem sua reação. Diferente.

Depois avisei minha irmã, por email. Não sabia se minha mãe teria condições de saúde para "aguentar" a notícia. Minha irmã, assustada, parecia querer "tapar" o sol com peneira. Não quis acreditar que eu estava rumo à quimioterapia. E estava passando pelo mesmo caminho que meus dois falecidos avôs traçaram até a partida para um lugar melhor que aqui. Resolvemos que seria melhor contar pra ela, mas minha irmã iria falar primeiro, com calma e depois eu ligaria para conversar e tranquilizar, claro.

A reação da minha mãe foi a mais tranquila de todos, por incrível que pareça. Ela quis saber de todo o procedimento, quis saber como eu estava, me deu força. E o que eu devia fazer, ela fez por mim: me tranquilizou. Tudo bem, ela quis vir pra cá, cuidar de mim, mas por vários motivos isso não foi possível. Eu sei que ela tá com medo, ela tá preocupada, mas a primeira reação dela foi de se manter forte. E isso me transmitiu muita confiança.

E os amigos? Alguns não entendem logo de primeira "tacada". Depois que explico que tô fazendo quimioterapia que a ficha cai. Mas não que eles sejam menos amigos. Pelo contrário, apenas não acreditam que a doença pode pegar aquele teu amigo que esteve sempre ali. Ficam com medo por vc, querem saber de tudo também. E se dispõem a tudo que precisar.

Alguns não sabem o que falar. Se importam, claro, mas sempre deixam transparecer a preocupação e a tristeza de saber que sua amiga está doente. Talvez não entendam ainda que não é o fim de nada... mas isso eu vou mostrar pra eles. Afinal, amizade é pra isso também.

Tem aqueles que estão do lado sempre. A maioria desses meus amigos não estão do meu lado fisicamente. Estão lá, lá do outro lado do mundo, mas a comunicação é tão frenética que parece que moram aqui, cinco minutinhos de casa. Mandam emails, depoimentos, nos dão forças para criar o blog. E sim, me mantêm em pensamentos e energias positivas, sempre.

Enfim, cada um com sua reação, mas nenhum deixa de ser amigo e que eu amo tanto.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dia 1º de Abril

Sim, 1º de Abril, dia da mentira! Pra mim não é só um dia de pregar peças nos amigos e sim aniversário de uma pessoa muito, muito especial pra mim!! Quem é essa pessoa? A minha mãe, a Dona Tereza... aquela que um dia eu briguei, por alguns momentos tive raiva (com todo perdão e arrependimento), mas que ensinou a ser essa mulher que me tornei hoje. Mãe que sinto tanta falta hoje, que me orienta, que me consola, me dá conselhos e me tranquiliza a alma quando me vejo em situaçoes como as de hoje.

Queria sim estar esses últimos aniversários contigo, Mãe. Não é possível, mas eu deixei meu coração aí quando eu parti pra este lado do mundo... sei que teremos mto o que viver, mto o que dar risada ainda... te amo muito e sempre te amarei, com todas as minhas forças até o resto dos meus dias.

E em meio às descobertas de câncer, tratamento, blogs, internet, me lembrei que hoje é aniversário da Ana Maria Braga. Além de colega de profissão, companhia nos meus dias intermináveis de tratamento e razão da minha evolução culinária, ela também é um exemplo. Em 2001, a apresentadora teve diagnóstico positivo para um tumor no reto e na virilha. Passou por quimio, radioterapia. Enfim, por todo o sofrimento que uma paciente de câncer é obrigada a passar. Assumiu a "careca", mas jamais perdeu a essência de mulher. Pôs catéter, fez inúmeros exames e o mais importante: fez com que milhares de telespectadoras pudessem se concientizar de que é importante fazer aqueles exames de toque, exames de rotina, SIM! Eles não custam caro, não doem e não demoram.

Hoje eu estou vivendo exatamente o que Ana Maria e muitas outras mulheres viveram ou vivem ainda. O medo não me atormenta mais porque sei que sou forte e que com fé tudo vai dar certo! E assim como ela e as muitas que passaram por isso quero mostrar que câncer tem cura, sim! E não, não é mentira!


domingo, 29 de março de 2009

"... É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo...
Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual porque sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre"

(Clarice Lispector)


Apenas para não ficar sem post por tanto tempo. Quando eu melhorar, eu volto.

terça-feira, 24 de março de 2009

Ps.

Até esqueci de escrever... fiz a quimio hoje, tô bem. É a primeira vez que usaram meu caninho! hahaha Meu cateter... até é melhor. Enfim, tô com bastante sono, cansada. Não tanto quanto semana passada. Acho que é o ânimo que a conversa com a minha Nega trouxe. Músicas, músicas e músicas!!!!

É ele!


O amor é paciente, é bondoso, o amor não arde em ciúmes, não se orgulha, não é soberbo. Não se porta com indecência, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não considera o mal. Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.








Como é difícil encontrar alguém que fique feliz por seu bem estar, não é mesmo?? Eu não consigo entender. Eu não vou dizer que gosto de todo mundo, mas também não fico rogando praga pra ninguém. Se tem alguém que eu não vou muito com a cara, simplesmente ignoro. Não faz parte da minha vida, não faz diferença pra mim. É assim que eu penso. Odeio fazer média com as pessoas. Aliás, eu não faço média nenhuma com ninguém.

Só que eu não tenho sangue de barata também. Se vc não quiser confusão comigo, jamais, eu disse jamais mexa com meus amigos, com a minha família e muito menos com o meu Amor. Pode me xingar, me ofender. Essas "coisinhas" eu até suporto, mas ah... sou do tipo quieta, discreta, mas se me tirar do sério. Meto a mão e não tenho medo de ser rotulada de barraqueira e muito menos de apanhar.

Acho que ninguém está entendendo a minha revolta, né?? É que desde que comecei a namorar o Douglas parece que as mulheres resolveram me perseguir. Eu sei que o meu homem é bonito, gentil, educado, gostoso, mas pô, é meu! Pelo menos agora é meu... se um dia foi delas, paciência. Quem mandou não aproveitar? Eu não tenho culpa nenhuma se consegui conquistar, aos poucos, o amor e a confiança dele. E hoje... ah hoje não é qualquer coisinha que nos afeta. O que a gente sente é tão forte, é tão inexplicável... nada destrói. Nem a distância, nem ex, nem fdp, nem a morte. Nada.

O amor é tão grande que ele me pediu em casamento. Sim, em casamento. Faz alguns meses, mas ele fez o pedido. Me lembro direitinho o dia que ele fez a pergunta. Assim como me lembro exatamente o momento que ele me pediu em namoro. Momentos que eu jamais pensei que pudesse acontecer na minha vida.

Desde o dia 18 de Maio de 2008 nossas vidas têm sido recheadas de emoções, sejam elas boas ou ruins. Aprendemos muito, crescemos demais. E o melhor é que tudo aconteceu com um ao lado do outro. Sempre na mesma sintonia, sem um estar um passo adiante do outro. Nossa história, claro, não é um mar de rosas e nem queremos isso pra gente. Temos brigas, cara feia, ciúmes, altos e baixos. E é por isso que somos assim, apaixonados, leais, companheiros.

O casamento para nós será apenas a união oficial de dois corpos. Nossas almas já estão casadas faz um tempo e agradeço a Deus por essa benção. A cada dia eu amo mais e mais este homem e sei que tudo que acontece em nossas vidas são provas de que nosso amor é absoluto, verdadeiro e indestrutível. Inveja nenhuma pode acabar com um amor como nosso. Ah!

A sensação de ter encontrado a pessoa da sua vida é tão incrível. Eu não sei explicar, não. Só sentindo para saber. É nele que eu penso o dia todo. É com ele que eu sonho todas as noites. É com ele quem eu quero passar o resto dos meus dias. É com ele que eu quero ter meus filhos e ser a esposa mais apaixonada que todo esse mundo já viu!!

E não, não importa quem seja, não vai conseguir nada com a gente porque hoje somos um só.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Depois de receber um email não muito agradável e pensar muito na vida, resolvi passear pela internet e não pensar muito em nada disso que está acontecendo! Afinal, acordar com a notícia de falecimento de um amigo da família por causa de um câncer e depois ler um email acabando com vc não é fácil.

Entrei no blog da minha diva (!!!!), Claudinha Leitte... e eu encontrei um texto tão legal sobre mulher. E queria compartilhar com vcs... não sei quem lê meu blog ou se tem algum homem que visita aqui, se tiver, melhor ainda.

O MUNDO SEM AS MULHERES

“O cara faz um esforço desgraçado para ficar rico pra quê? 
O sujeito quer ficar famoso pra quê?
O indivíduo malha, faz exercícios pra quê?

A verdade é que é a mulher o objetivo do homem. Tudo que eu quis dizer
 é que o homem vive em função de você. 
Vivem e pensam em você o dia inteiro, 
a vida inteira...

Se você, mulher, não existisse, o mundo não teria ido pra frente. 
Homem algum iria fazer alguma coisa na vida para impressionar outro homem, 
para conquistar um sujeito igual a ele, 
de bigode e tudo.

Um mundo só de homens seria o grande erro 
da criação. 
Já dizia a velha frase que 
'atrás de todo homem bem-sucedido existe 
uma grande mulher'.

O dito está envelhecido. 
Hoje eu diria que 'na frente de todo homem 
bem-sucedido existe uma grande mulher'.

É você, mulher, quem impulsiona o mundo. 
É você quem tem o poder, e não o homem. 
É você quem decide a compra do apartamento, 
a cor do carro, o filme a ser visto, 
o local das férias.
Bendita a hora em que você saiu da cozinha e, bem-sucedida ficou na frente de todos os homens. E, se você que está lendo 
isto aqui for um homem, tente imaginar a sua vida sem nenhuma mulher. 
Aí na sua casa, onde você trabalha, na rua. 
Só homens. Já pensou? 
Um casamento sem noiva? 
Um mundo sem sogras? 
Enfim, um mundo sem metas.

domingo, 22 de março de 2009

Diretamente do hospital

Aqui estou eu escrevendo no blog e conversando com a minha amadíssima e importantissima Carla. Eu tinha dito pro meu Amor que ia trazer papel e lápis pra desenhar a nossa casa, mas não ia conseguir fazer nada com esse negócio enfiado no meu braço. Então trouxe meu companheiro. Hoje vai ser mais demorado, pois vamos ver o cateter. Eu achei que fosse necessário uma cirurgia, internação, mas ele disse que não. Faz, pum e pronto. Melhor pra mim, eu acho.

Como de costume, entrei no meu Orkut pra ver recados, emails, msn e parei aqui. Li as atualizações dos blogs que eu acompanho e me deparei com um post que me deixou um pouco pensativa. O post falava da famosa frase "Vai passar" que a gente tanto ouve. Ela reclamava, com seus motivos, de pessoas que falam a todo momento que vai passar e na verdade era melhor que ficassem quietas. Isso segundo ela.

Ontem eu ouvi essa frase e por mais banal que seja, por mais "clichê", eu me senti bem. Não acho que seria melhor que a pessoa ficasse quieta. Esse vai passar é um sinal de que a pessoa na verdade não sabe o que falar, mas quer sim te confortar. Nem todo mundo tem facilidade em encontrar palavras nessas horas. Eu que sou jornalista e deveria ter o dom de escrever, de falar não teria condições de dizer nada produtivo nessas ocasiões.

A doença é difícil para todo mundo. Não só para o doente. Sim, o doente sofre as picadas, as incertezas do futuro, algumas vezes sofre com cirurgia, tem os efeitos colaterais do tratamento. Mas e quem está do teu lado? Essa mesma pessoa que diz que vai passar com certeza está vivendo um momento ímpar, desconhecido. Mais pra ele do que pra vc. Ele não sente a dor, mas ele tem mais incerteza do futuro do que vc. Pode ter certeza.

Enquanto eu tinha meu primeiro choro de desabafo e desespero ontem, meu namorado disse essa frase mais de uma vez. E quanto mais ele falava, mais eu sentia que nossas almas estavam juntas nessa jornada toda.

Sei lá, não sei explicar na verdade. Mas acho que o vai passar deveria ser interpretado, na maioria das vezes como estou com vc ou até mesmo te amo muito...

sexta-feira, 20 de março de 2009

Enfim, quanto vc vale?

Enquanto espero a massa do pão crescer, resolvi pegar uma revista. Aquelas revistas que teimam ficar jogadas no chão do banheiro. Peguei qualquer uma e essa qualquer uma era a Vitrine. Nada me prendia minha atenção. Muitos anúncios, notícias falando de crise... nada de interessante até que eu me deparei com um artigo mto bem escrito que estava ligado a capa: "Quanto vc vale?".

Comecei a ler e o jornalista questionava quanto valia a vida de cada um. Comparava as contratações milionárias no futebol às milhares de mortes diárias na África, por exemplo. Um texto que me fez pensar realmente... o quanto vale a nossa vida?

Eu fujo do pensamento de quanto vale a hora do meu serviço, quanto uma pessoa vale em dinheiro. Nessa altura do campeonato não acho que me prendo em valores, números... nada disso! Nem tenho tempo de ficar pensando nisso e não me levaria a nada a não ser uma depressão por chegar a uma conclusão que certamente não é a das mais agradáveis.

Enfim... quanto vale?

Acho que o valor de uma vida, independente de quem seja, fica a critério do amor. Como assim? Se a vida da pessoa tem amor pode ter certeza que vale muito. E nenhum dinheiro desse mundo poderia pagar. O ditado já diz que "Dinheiro não compra felicidade". O que faltou dizer que dinheiro não compra nada e muito menos as pequenas coisas da vida e que só acontecem quando se tem amor.

Seja amor de mãe, amor de homem e mulher, amor de amigos. Simplesmente, amor.

Passar a noite inteira com quem vc ama? Andar de mãos dadas, sem rumo? E o almoço de domingo? Aquele sorriso que vc tanto precisa ver e que nem imagina?

Pois é, pequenas coisas que fazem a vida valer tão a pena. Fazem com que a nossa vida não tenha valor imaginável, meu caro. E por isso que respondo a pergunta... eu não sei qual o meu valor. Eu sei que enquanto eu tiver amor por perto e dentro de mim, o valor eu prefiro nem pensar pq seria muito grande para se "calcular".

Ih, pra onde vcs estão indo?

Meus amados leucócitos... para onde vcs estão indo? Fiz meu rotineiro exame de sangue e tive uma surpresa não muito agradável. A taxa diminuiu muito... está em 3.000!! Não, não pode... mas não vou me desesperar. Vou ter fé que tudo vai dar certo e lembrar que estamos exatamente no meio do tratamento!!!! Na semana que vem vou ao médico e vamos averiguar pra onde eles foram tirar férias.

Desde que fiquei sabendo do meu diagnóstico tô me sentindo mais carente do que nunca. Toda hora eu quero que minhas amigas estejam por perto, meu amor me dê carinho... nem preciso dizer que quero minha mãe também, né? Afinal quando a gente fica doente ou quando se vê em uma situação ruim, a primeira coisa que a gente pensa é. `Cadê minha mãe?`...

Cadê a minha mãe?

Minha mãezinha tá longe, tá lá em casa. Cuidando dos meus irmãos, cuidando da casa, esperando por meu pai. Eu sei que ela está com o pensamento em mim, torce pela minha melhora, reza para que tudo acabe logo e que sofre a cada lágrima que derramo, mas mãe, tô tentando ser forte. Não pensei que a saudade pudesse doer tanto. Ela dói, ela acaba comigo. O que me tranquiliza é a certeza de que vc não deixará de me amar e de ser minha mãe!

Mãe, hoje eu descobri que eu cresci, é que de repente eu me vi
Tão sozinho na estrada
Mãe, hoje eu precisei de você, eu não sabia o que fazer, me vi
De mãos atadas
Mãe, teu conselho me orienta, teu carinho me alimenta
Mãe, pra ti conjugo o verbo amar ...

Eu sempre falei que nas horas mais difíceis que a gente descobre exatamente quem é nosso amigo. Eu digo amigo. Pois é, eu falava isso, mas hoje me dou conta que falava sem ter nunca comprovado isso de verdade. Não vou desmerecer nada que já passei na minha vida. Só acho que quase nada se compara ao que passo hoje. Além do sofrimento carnal, tem o desgaste da alma. Que ninguém consegue ver, nem eu vejo, mas que tá ali, todo dia, toda hora... te atormentando, te machucando, te deixando um pouco invisível. E é nessa hora que vc precisa dos seus amigos. Aqueles que estão por vc em qualquer momento. Tem aqueles que apenas te ouvem, mas vc sabe que está se doando por vc... Tem aqueles que conversam contigo, que faz vc se sentir bem e confiante. Tem palavras para tudo e para te dar conforto, sempre. Todos, amigos.

Graças a Deus eu tenho amigos. Que me dão amor, que me dão carinho, que me dão forças para continuar. Eles podem estar um pouco longe, mas estão aqui dentro do coração, sempre comigo. Eles não sabem, mas vão comigo a todas sessões, a todas consultas médicas, a todos exames. Estão comigo quando me vejo sozinha em casa e com a alma querendo sair do corpo que me faz sofrer...

Compreenda.
Releve.
Nunca abandone
o verdadeiro amigo.
Ele pode nem estar
ao seu lado agora.
Mas certamente,
estará sempre contigo

E aquela pessoa que me completa? Quando eu era mais nova eu acreditava que encontraria um príncipe. Lia revistas, fazia poesias, ouvia músicas românticas, sonhava acordada. Hoje eu continuo ouvindo as músicas e sonhando acordada. Mas eu já encontrei a ´outra metade´ que as revistas diziam e minhas poesias já têm inspiração própria. Sim, é ele. O homem que se deita ao meu lado, que enxuga minha lágrimas, que faz caretas pra me alegrar, que fala palavras erradas e me faz rir. Aquele que entende cada olhar meu, que sabe mais da doença do que o próprio doente. É a parte razão da minha vida. Ele causa meu mau humor, minhas dúvidas, mas é tudo porque tem amor no meio. Porque eu já não sei mais viver sem ele... e na verdade, eu não quero mais viver sem ele.

E o melhor... a gente nem fez a promessa ainda de `no amor e na tristeza, na saúde e na doença´. E acho que nem precisamos!

...

Sabe... meu corpo dói, meus leucócitos saíram pra passear, mas eu ainda estou viva. E com toda certeza eu digo que todos que eu falei aqui são os que me mantêm viva... vcs são a força, são o meu verdadeiro tratamento.

Amo demais cada um.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Engano meu

Ah! E eu que pensei que quanto mais tempo passasse, menos indisposição eu teria. Pobre coitada. Esse última quimio me detonou. E em todos os sentidos. Não consegui fazer muita coisa além de dormir, dormir e dormir. Dor nas juntas, dor no braço, dor no estômago. Sem dizer que meu humor está péssimo. Alguns fatos também ajudaram, mas confesso que estou insuportável. Essa sensação de viver cada minuto com medo não faz nada bem.

Já tentei mudar, mas vira-e-mexe eu tenho essas recaídas e me pego pensando besteiras...

Me olhei no espelho agora... e uma pergunta que não quer calar. Vcs ainda vão continuar gostando de mim?

quarta-feira, 18 de março de 2009

Ah, o calor

Hoje o dia está diferente. Aliás, o clima está começando a mudar. Tenho visto que aí no Brasil todo mundo estava sofrendo com temperaturas altíssimas no fim do verão. E nessa semana já tudo mudou. Chuvas, chuvas e mais chuvas. São Paulo pra variar, parou. Lembrei de tantas enchentes, tanto trânsito que eu peguei. Que saudade!!

Mas como aí, aqui o tempo também mudou. Hoje o dia amanheceu um pouco nublado, parecia que ia ficar um dia mais ou menos. Não, me enganei! Saiu um sol bonito, céu quase todo azul, nuvens brancas e um calor razoável. Deu pra sentir saudade do inverno já. Se eu não tivesse acordado tão indisposta, passando tão mal, uma caminhada ou apenas uma saidinha seria um programa super agradável.

A única saída mesmo foi até o hospital mais próximo. E por pouco eu não fiquei sem atendimento. Primeiro porque eu não sei falar muito bem japonês e eu me esqueci que nesse hospital não tem médicos estrangeiros. E segundo que eu também não lembrei do horário. Enfim, deu certo pq graças a Deus o enfermeiro (que fala inglês) me viu... notou que não estava nada bem e me encaminhou pra enfermaria.

Tomei um remédio pra dor e enjoos. Agora tô me sentindo um pouco melhor. Tomei um banho morno pra me refrescar e pra ver se sai essa nhaca que insiste em tomar conta de mim. A janela está aberta, como há muito tempo não se faz aqui em casa. Além do frio, o ânimo não tem sido muito uma companhia pra mim.

Como tô falando de mudanças... esse calor me fez lembrar do ano passado. Há um ano atrás tudo estava tão diferente na minha vida. Eu tinha acabado de sair de um namoro péssimo. Estava livre, leve, solta. Pronta pra curtir minha vida, decepcionada com os homens e decidida a não me envolver com mais ninguém. Exatamente dois meses depois de me livrar desse relacionamento horrível, o destino me pregou uma peça.

Encontrei o homem da minha vida... que desde o primeiro contato, pelo Orkut, já me deixou balançada. Depois os emails trocados, aliás muitos, mas muitos emails trocados pelo celular. Minha companhia extra durante as noites intermináveis de trabalho... e depois do primeiro encontro, do primeiro contato, do primeiro abraço e do... primeiro beijo, claro. Cada minuto longe dele era uma eternidade...

Passamos por tantas situações estranhas, irritantes, constrangedoras. Mas acho que amadurecemos tanto dividindo nossas vidas. E antes de tudo, aquele paixão do começo se tornou um sólido amor. As vezes posso ter minhas dúvidas, minhas desconfianças, meus ciúmes bobos, mas sabe? Eu tenho que me conformar que esse homem roubou meu coração, não tem jeito. É com ele que eu quero passar o resto dos meus dias... bons ou ruins... mesmo que eu viva pouco ou até mais de 100 anos... enquanto eu estiver viva, quero ter ele como meu homem. Ter ele como meu amigo, meu amante, meu inimigo e minha razão de mau humor. Porque tudo com ele é sempre diferente. Ele é único.

Como tudo mudou...

Hoje estamos prestes a completar um ano de namoro. Sei que muitos acham que é tão pouco tempo para eu ter tanta certeza de tudo... de planejar casamento... mas eu me importo com o que pensam?

Quando eu o conheci, eu era tão diferente. Cresci, muito. Hoje posso dizer que continuo sim sendo aquela menina, um pouco mimada, bastante carente, mas sou também uma mulher decidida e acima de tudo dedicada ao amor da vida dela. Sei o que eu quero.

Como tudo mudou...

Meus cabelos estão caindo. Meu corpo está mudando absurdos a cada dia. Meu humor oscila mais que a transmissão da Rede Globo por internet. Até o meu amor mudou, se tornou mais forte. Mas sabe o que não pode mudar? A minha vontade de viver, a minha vontade de passar o resto da minha vida com quem eu realmente amo.

Nunca ninguém me disse que a vida seria fácil. E eu nem esperava isso mesmo. Portanto por que eu vou desistir agora? Pra quê? Eu não nasci para isso. Eu viajei o mundo, enfrentei amores e desamores, chorei noites e mais noites, perdi colegas, conquistei mtos amigos, ganhei dinheiro, trabalhei, ri, estudei... e nada, não, nada foi em vão. Por isso, Dona Daniela, bola pra frente.

E pra quem me aguenta, só posso pedir desculpas e pedir mais um pouco de paciência. Como eu disse, ninguém falou que a vida seria fácil... estou tentando, se vou conseguir, só Deus sabe.

Amo muito todos vocês. Tenham a certeza disso e pode acontecer tudo... mas isso NÃO vai mudar.

terça-feira, 17 de março de 2009

Mudando de assunto



Vamos mudar de assunto pra não ter um ataque cardíaco daqui a pouco... daqui alguns minutos to indo pro hospital também!

Estava eu vendo algumas coisas para o casamento. E fiquei olhando pra foto do meu futuro buquê. Fiquei pensando: `Que dó, na hora que eu jogar vai despedaçar todo`. Aí que eu encontrei a solução. Vou jogar o sapo Brad Pitt! Esse aí da foto!! Aí quem pegar o sapinho, eu presenteio com o buquê, inteiro!!

Acho que vai ser diferente e divertido!!!

E também outro detalhe que faço questão de ter no dia. No meu aniversário de quinze ano teve... o livro de assinaturas. É muito legal e gratificante ler as palavras carinhosas dos convidados. Eu já tive a experiência na minha festa e achei muito legal mesmo. E claro, no dia mais especial da minha vida eu também quero guardar uma lembrança tão boa!!! E inspirado no meu aniversário eu também estou pensando em fazer um quadro grande com uma foto minha e do Douglas. Uma bem bonita, romântica. E em volta da foto terá uma parte branca, tipo segunda moldura onde as pessoas podem deixar alguns recadinhos. Será uma boa decoração pra nossa casa...

Homens. Eu não entendo o meu!!

Confesso que meu dia estava bom. Apesar da canseira enorme que me deu no fim do dia, de quase não conseguir manter meus olhos abertos e ter uma conversa por mais de meia hora... e talvez por esta maldita fraqueza, sonolência que tudo acabou nessa mau humor. Ah, não é mau humor, vamos dizer que é ciúmes misturado com o fato de não me conformar com o que eu ando vendo.

Já são quatro vezes que a mesma cena acontece. E em todas às vezes eu não consigo disfarçar a minha insatisfação. Na verdade eu quero bater nele. Vamos ver o que vai acontecer. Mas dessa vez eu prometo que eu não procuro mais. Se quiser, me procure. Se não, continue fazendo bom proveito do programinha à noite. Eu acho que se tem como fazer o real ali tão perto dele e ele prefere ficar vendo, então... só que uma hora eu canso.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Amor

Volta
Estou de volta. A promessa está sendo cumprida. Mas não vou mentir não! Lembrei desse blog depois que eu li o último scrap que a Carla deixou pra mim. Realmente acho que esse espacinho aqui vai me tranquilizar um tantão, vai me ajudar a deixar pessoas queridas informadas do que está acontecendo comigo. Mas como eu deixei ele de lado, vou dividir o post em partes pra não ficar confuso. Muita coisa pra ser dita.

Hoje
Depois que o Douglas saiu para trabalhar, eu não consegui mais voltar pra cama. Então resolvi ficar um pouco passeando pelas comunidades de casamento e depois fui fazer compra no supermercado. O dia está bonito, ensolarado e nem estava tão frio. Consegui sair tranquilamente com uma blusa apenas. Me fez bem sair um pouco, venci o cansaço e a fraqueza que estavam me derrubando. Bom, mas agora o dia já ficou feio de novo. Tá ventando demais, a casa está até balançando... e eu tive que ligar o aquecedor porque não aguento de frio... hehe

Já que não consegui dormir, resolvi fazer panquecas hoje para janta além do prato que o Douglas tinha pedido. A sobremesa que eu queria fazer pelo jeito não deu certo. Devo ter feito algo de errado. Acho que não deixei engrossar o suficiente... só sei que senti um cheirinho de queimado e já resolvi tirar do fogo antes que perdesse tudo. Experiência própria.

Ontem
Ontem tive outra aplicação. Não sei se estou acostumando, mas não está doendo tanto. Acho que estou menos assustada e mais conformada e por este motivo tudo fica menos complicado. Quando cheguei estava com mto sono... acho que o remédio que me deram era bem forte... o braço depois começou a doer porque deixaram uma `borboletinha` no braço no intuito de segurar a minha veia para a aplicação de quarta. Não podia mexer muito, mas não dá pra ficar que nem múmia! Eu acredito que saiu do lugar e deve ter perdido a veia e vai ter que furar tudo de novo...

Medo, reflexão
Sabe, eu estou um pouco impressionada. Estava eu perambulando nas comunidades de casamento, como eu já disse e vi um tópico que uma menina contava a história de uma noiva que tinha perdido o noivo. A curiosidade foi grande e eu fui ler a mensagem da (infelizmente) ex-noiva. O relato era triste sim, mas não consegui derramar uma lágrima. Na hora só veio um pensamento, um sentimento tão ruim dentro de mim.

Agora que eu vivo constantemente com pessoas doentes e vivo lado a lado do medo de não me recuperar, tudo passa a ter uma dimensão maior e tudo passa por momentos de reflexão. Eu nunca me dei bem com a morte. E acredito que não conheci ninguém ainda que tenha um bom comportamente em relação a isso. Quando li as palavras de tristeza daquela mulher eu só consegui pedir pra Deus que não deixe nada de ruim acontecer comigo. Eu amo tanto essas pessoas lindas que me cercam... amo minha mãe, meus irmãos, meu namorado, meus amigos. Hoje estou planejando meu casamento, orçamento da casa... me pego imaginando finalmente a minha vida de casada no meu país, perto das pessoas que me amam e que eu amo também. Mas e amanhã? O que o destino pode me reservar?

Tenho medo, muito medo. Sei que tudo pode acontecer com todo mundo, mas eu me sinto mais propensa. As vezes eu acordo de madrugada e fico horas e horas olhando pra ele... o olho até quer fechar, mas eu tenho medo de me deixar vencer pelo sono e nunca mais ver ele ali do meu lado.

Queria mesmo, de verdade, falar do meu amor pelas pessoas. Mas as palavras que eu sei não expressam nem um pouco do meu amor...

domingo, 15 de março de 2009

Quanto tempo!


As vezes eu me pergunto por que eu faço as coisas se eu não vou seguir? Eu vou tentar aparecer mais por aqui. Eu espero que eu consiga, afinal eu preciso mesmo ocupar meu tempo parado. Para quem ainda não sabe, a Dona desse blog está um pouco doente e está se tratando. Portanto, fica em casa, sem nada pra fazer. Se sentindo uma inútil, mas eu sei que é tudo passageiro e o que eu mais quero nessa vida é que essa parte da minha vida passe. Voando.

Hoje o post veio com uma Dani noiva. Sim, se tudo der certo meu casamento está perto de acontecer... peço a Deus todas as noites para que nos dê forças e condições de nos casar. E eu tô vendo algumas coisinhas já...

Olhem o buquê. Sei que está mto cedo e tem mta coisa mais importante pra ver do que buquê, mas eu me apaixonei nesse. Talvez não seja vermelho, mas quero exatamente nesse estilo. Minhas amigas, o que vcs acham?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Namorada no lugar errado

Hoje é Dia de São Valentim. Não sei o porquê, mas os supermercados japoneses estão há alguns dias cheios, abarrotados de chocolate para comemorar esta data. Para quem convive com os orientais ou vive aqui nessa terra sabe que os japoneses não são muito, vamos dizer, amorosos. Não são todos, mas a maioria é frio, machista, arrisco dizer que são “sem sentimento”. É por isso que eu fico pensando pra que existir essa data pra eles?

No Brasil dizem que o Dia dos Namorados foi criado primeiramente pelo comércio paulista, e depois adotado por todo o comércio brasileiro. A data tinha como objetivo reproduzir o mesmo efeito do Dia de São Valentim e incentivar a troca de presentes entre os “apaixonados”. Dizem que a data foi criada por um publicitário em meados dos anos 40. Ou seja, uma data apenas para lucrar em cima dos pombinhos.

Sinceramente acho que essa justificativa da existência do dia 12 de junho (ou 14 de Fevereiro) se enquadra mais para o Japão. Aqui sim eu vejo que a data só existe para comprar chocolates ou para os mais afortunados, presentinhos mais requintados. “Cachorrinhos” de americano é complicado.

Mas uma coisa aqui eu acho legal. A tradição diz que hoje as meninas devem comprar chocolates para os rapazes. Pode ser namorado, pretendente, amante, enfim, homens. E ai, em março, somente em março, os meninos retribuem o “presente”. Mas ainda há um detalhe. O rapaz só retribui caso queira corresponder ou tenha gostado do chocolate. Um pouco machista, mas eu achei interessante. Ou talvez tenha me acostumado com o jeito deles.

Já faz algum tempo que eu não passo esse dia sozinha, mas admito que será o primeiro que não vou ter a oportunidade de presentear meu amor. O meu lado capitalista anda quieto ultimamente. Fazer o que, em época de crise, tudo fica complicado. Eu espero que ele não se importe. Mas ainda bem que sou brasileira e tenho até Junho pra me ajeitar...

Um filme, um carinho e dormir abraçadinho tá mais do que garantido. Ainda mais com essa chuva que promete cair por aqui!



Ps. Agora que eu percebi que o blog não segue o horário daqui... a postagem saiu como dia 13, mas hoje é dia 14.